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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

versinhos infantis...

Eu tive uma boneca "POEMINHA", era linda, grande, quase da minha altura na época rsrsrsr, eu apertava sua barriguinha e ela declamava versinhos conhecidos como "batatinha quando nasce, se esparrama pelo chão...", inspirada nela e na minha linda bonequinha de carne e osso "Giulia", estou escrevendo versinhos infantis, é realmente muito gostoso, te remete à infância porque pra escrever vc tem que pensar criança, tem que relembrar, sentir o gosto, o cheiro, o riso, a bronca, a inocencia. Os dois que mais gostei to botando no papel, :P

"POP, A PIPOCA

A pipoca vem do milho
Plantado com carinho
Num campo bem verdinho
Contou o pai pro filho

A semente é debulhada
Tão amarelinha
Mas é dura sim senhor
Vai pro bico da galinha

Milho do bom
Vai direto pra panela
Pula pula vira pipoca
Sai voando pela janela

Tem pipoca no parque
E também na pracinha
Não falta no cinema
Bem cheirosa e branquinha

Para os moleques sabidos
Da cidade e da roça
Pipocam saquinhos coloridos
Enfeitando a carroça

Tão sozinha despercebida
Lá no fundo da pipoqueira
Pop a pipoca está escondida
Já não pula faceira

Não há pipoca que não valha
Pergunte ao passarinho
Ele pega a migalha
Voa direto para o ninho

O filhote logo pia
Pula pula de alegria
Lá vem pop a pipoquinha
Encher a sua barriguinha

Roda roda a manivela
Pula Pop a pipoquinha
Tem pipoca na panela
Estourando bem quentinha (Patricia Sabadini)"

"A GIRAFA BRANCA COM LISTRINHAS PRETAS

UM BELO DIA NA SELVA NASCEU UMA GIRAFINHA
ERA BRANCA COM LISTRINHAS PRETAS
IMAGINE O SUSTO DA MAMÃE GIRAFA
QUANDO VIU SUA FILHOTINHA

SERIA UMA MISTURA DE ZEBRA COM GIRAFA?
UMA ZERAFA
OU UMA GIREBRA
ESTAVA FEITA A ALGAZARRA

IMAGINE SE A MODA PEGA
ZOMBAVA O ELEFANTE
JÁ OLHANDO TENEBROSO
PARA A RINOCERONTE

UMA TROMBA NO GIBÃO
BRADAVA ALTO O HIPOPÓTAMO
QUERIA OS CHIFRES DO GNU
OU A JUBA DO LEÃO

AS HIENAS RIAM DE TUDO
QUE GRANDE SATISFAÇÃO
CORRER COMO O LEOPARDO
DESCOLORIR O CAMALEÃO

A GIRAFINHA FOI CRESCENDO
E SE DESFEZ A CONFUSÃO
O QUE ERA BRANCO FICOU AMARELO
MANCHADINHO DE MARROM (PATRICIA SABADINI)".

domingo, 15 de maio de 2011

o sonho do livro

Estou sem escrever no blog há algumas semanas, duas são as razões: Giulia com uma baita crise de bronquite e meu amado livro que está tomando forma lentamente, a ideia prontinha na cabeça, inclusive o final, o enredo todo, ja escrevi cinco capítulos, claro que ainda farei inumeras revisões junto com a minha mana Paula, um misto de professora de portugues, critica, editora e fã. Eu sei que são muitos atributos de responsabilidade e até controversos, mas ela dá conta. Se ela diz que eu tenho criatividade e talento eu acredito, se ela diz que se emocionou acredito tb, e se ela me olha com aquela cara feia e pergunta onde eu estava nas aulas de pontuação e concordância, eu digo no banheiro da escola fazendo fofoca e fumando. A única coisa que me conforta é que já li várias entrevistas de autores consagrados que confessam não terem sido grandes gênios nas aulas de portugues, por outro lado, mandavam brasa na redação. 
Obviamente não sou consagrada, gênia, nem mesmo fui publicada (ainda!!!), mas tudo que eu quero no momento é mandar brasa, que os gigantes da literatura brasileira digam amém e meu sonho aconteça! 

domingo, 1 de maio de 2011

O bullying


Já deu pra perceber que o nosso blog é do tipo “light”, ultimamente você abre uma página na net e lá vem uma enxurrada de lágrimas, não queria ser mais uma a escrever tragédias, sou uma adepta da tragicomédia, prefiro a forma branda, leve, achar algo bonito dentro do sofrimento, ver o outro lado da moeda, porque as dores existem e fazem parte da vida, com elas geralmente aprendemos. Acontece que depois de tanto ler sobre o tal bullying (e ler tanta besteira!) me senti obrigada a expressar minha modesta opinião.
  
O Bullying

Concordo plenamente que "piadinhas, chacotas", nos tempos da escola podem até ser consideradas normais e típicas do comportamento infanto-juvenil e que existem desde que o mundo é mundo. O problema e o perigo são quando as vítimas, (SIM, as pessoas que sofrem esse tipo de preconceito são vítimas), não são apenas os esquisitões, gordos, que usam óculos, aparelho, feios, nerds, e sim quando as pessoas que sofrem bullying têm algum tipo de distúrbio psíquico, como no caso do cara de Realengo, e ninguém foi capaz de detectar o preconceito e a doença para talvez evitar a tragédia. Nem todos os esquizofrênicos cometem assassinato é verdade, mas um esquizofrênico violento que sofreu bullying é um potencial “serial-killer”, perguntem a qualquer psiquiatra.
Também temos que observar a coisa por outro perfil, daqueles que são tímidos, ou dos que tem alguma deficiência física, esses possuem plena capacidade mental, mas qual o efeito do bullying nessas pessoas? É muito fácil dizer sofri bully, mas tirei de letra, ok, parabéns você é uma pessoa de personalidade, e os que não são assim? Os que não enfrentam? Os que sofrem? Os que se deprimem? Os que têm barreiras? Esses são as verdadeiras vítimas, aqueles que os algozes procuram, esses não vão esquecer tão cedo.
Uma pessoa que conheço tem deficiência auditiva, é uma garota bonita, inteligentíssima, mas sofreu bullying, era chamada de esquisita, surda, e como era um poço de timidez, não tirava de letra, sofria, e demorou tempos pra se aceitar, e finalmente se ver como uma pessoa normal.
Li blogs que citaram o caso da Geyse Arruda, desculpe, mas na minha modesta opinião aquilo não foi um bullying, foi um episódio esporádico em que foi manipulada toda uma situação de forma polêmica (não disse aqui certa ou errada e sim polêmica) para levar vantagem, e a mídia adorou.
Gente, é preciso separar o joio do trigo, é preciso estar atento, é preciso se informar.
Porque a novidade que realmente importa aqui não é a denominação do problema, e adivinhem com uma palavra inglesa, não são os fatos, não é a sua exploração pela mídia. É imprescindível tornar oficial o preconceito e fazer um alerta: o bullying numa fase, geralmente, tão imatura e instável da vida PODE transformar personalidades, influenciar destinos e destruir seres humanos.      

sábado, 30 de abril de 2011

Frase do dia!

"O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos e seus atos. A maneira como você encara a vida é que faz toda diferença. A vida muda, quando "você muda".
                       Luís Fernando Veríssimo

Paulo Sérgio sem lesco-lesco

Carioca da gema e tricolor de coração poderiam ser os atributos que melhor definiriam o Paulão, porque, realmente, ele ama o Rio de Janeiro e idolatra o Fluminense: quer um exemplo atual? Ele detesta cinema; dorme nos filmes, sentado na poltrona parece ter um comichão nos fundilhos, mas foi ver “Rio”, e veja só, saiu animado com o desenho, vindo a reclamar horas depois pra não perder o hábito.
Outra característica do Paulo Sérrrrgio, como diria sua esposa puxando bem o “erre” em seu melhor tom sarcástico, é o elevado nível de estresse que dele emana por pequenas coisas, grandes coisas, ou coisa nenhuma, ou seja, por tudo aquilo que ele não esteja a fim no momento e que o aborreça. Não se trata de uma mania ou hábito, é mais um fator genético dos homens da Família Correia Ferreira.
Para aturar o chilique e baixar a bola do Paulinho só mesmo a Dona Léia e seus inúmeros atributos físicos e psicológicos, mais psicológicos do que físicos, e não pense que os atributos físicos não são atraentes, é que ela prefere usá-los como a última cartada do baralho.
Você deve estar pensando, esse cara deve ser um chato; bom, é sim, mas antes de tudo ele é um grande coração, incapaz de dizer não, briga e meia hora depois já tá arrependido de verdade, acredita em todo mundo e principalmente no que todo mundo fala, curte aqueles momentos bem família, comemora TODAS as datas festivas, nunca esquece um aniversário e faz os cartões mais sentimentais e bem escritos do mundo.

Não poderia deixar de citar as suas expressões, algumas inventadas por ele, outras do arco da velha, e todas cheias de humor:
- inheco-inheco barba de bode: expressão dita aos brados repetitivamente, geralmente é acompanhada de uma boa sessão de cócegas, até você pedir penico de tanto rir;
- cãopruzé: Fulana me traz o cãopruzé! Traduzindo: Fulana me traz o cotonete (cão) pros (pru) ouvidos (vidos, abreviando fica só zé);
- Pois é: apelido dado ao fusquinha velho do sogro Seu Dedé, ele falava, mas esse carro está caindo aos pedaços, e o Seu Dedé, respondia: pois é, né, pois é, né...
- Essa comida está uma minha mãe! Por quê? Tá umAdeliza!: Frase inspirada no nome de sua saudosa mae Dona Adeliza, a rainha dos quitutes portugueses, oras, pois, pois.
- lesco-lesco: significa enrolação: Beltrana você está de lesco-lesco;
ixi santa tomei duas fanta (...): É uma musiquinha que ele aprendeu na adolescência e canta até hoje, o final é impróprio para menores;
- ximbica da ximboroca: pode parecer, mas a expressão não tem sentido erótico, designa algo esquecido ou ignorado.
Pois é, o final não está umAdeliza, é que agora tem jogo do Flu e meu pai falou para eu parar de lesco-lesco, escrever essa ximbica da ximboroca depois e ir pra sala torcer, pra aproveitar e levar um cãopruzé, porque ele não quer deixar de ouvir nenhum lance, ixi santa, e agora? Não sei o que vai dar, só tem guaraná....

AO MESTRE CHIQUINHO COM CARINHO

Ah, a adolescência, minha época predileta, nela ainda somos tão inocentes, descobrindo o mundo; como os bebês, a diferença é que os primeiros se surpreendem com o novo e os maiores procuram não só entender e testar o desconhecido, mas principalmente contestar aquilo que vê, pra ter certeza de que é verdade e que os adultos não estão fazendo eles de bobos. Eu tenho uma teoria de que adolescente tem trauma de ser feito de bobo, porque desde criança muitos são enrolados com meias verdades e até mesmo as mentiras mais deslavadas, como por exemplo, isso não é uma cena de sexo, o rapaz está ajudando a mulher que está passando mal, não estamos brigando foi só a panela que escorregou da mão da mamãe e voou na cara do papai, o passarinho não morreu, ele só esta dormindo porque tomou um remedinho, Papai Noel trouxe um presente diferente porque os elfos fizeram greve.
Na escola não é muito diferente, não vou dizer aqui que são ditas mentiras, mas também não vejo muito esforço para a exposição da verdade, e o motivo para isso é que ela dá trabalho.
Dá trabalho explicar, dar exemplo, controlar a bagunça que provoca, qualquer que seja o tema polêmico, sexo, cultura, preconceito, violência, religião ou política.
Será que o tal do bullying estaria na mídia dessa forma se esses assuntos fossem mais bem abordados na escola? É fácil dar nome aos problemas, difícil é encontrar quem queira enfrentá-los.
Na minha adolescência tive o privilégio de ter um professor desse gabarito, ou melhor, um Capitão, o Chiquinho, mestre de História Geral, em um colégio do bairro do Méier/RJ.
Era a versão, com o perdão do trocadilho pré-histórica, desses palestrantes de cursinho que viraram febre na última década, que conseguem atrair milhares de alunos, aula via satélite e todo mundo vidrado na tela absorvendo cada palavra, os olhos brilhando.
Ele tinha quase um orgasmo sobre o tablado quando percebia que seus alunos estavam APRENDENDO e não DECORANDO.
Foi na época dos caras-pintadas, e o professor falava de tudo, passava filmes, o último deles: “Sociedade dos Poetas Mortos”, os alunos emocionados e ele gritando no final: "Carpe diem. Aproveitem o dia! Tornem suas vidas extraordinárias!"
Alguns dias depois, briga com a direção do colégio, ele taxado de ter ideias subversivas, que estava mudando o foco das aulas que eram “somente” de História Geral.
Não queriam nem deixa-lo se despedir da turma, mas ele entrou na sala, e nós os alunos já sabendo da humilhação, da substituição, subimos nas cadeiras e bradamos: - O Captain, my Captain! 
Até me arrepio de lembrar, uma emoção só e a certeza nos olhos dele de que valeu a pena.
Infelizmente, ele veio a falecer do coração, alguns dizem que foi do desgosto, eu prefiro pensar que lá em cima estavam precisando de uma alma com ideias subversivas, tipo: amor ao próximo, compaixão, respeito, liberdade, dignidade e por ai vai...
Meninos e Meninas do Brasil, carpe diem!

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Tudo aquilo que você um dia BOTA NO PAPEL e não pode deixar de lembrar!

ü     O seu nome;
ü     Os desenhos de sua infância;
ü     O que você adora;
ü     O que você detesta;
ü     Os seus amigos;
ü     O nome dos seus amores;
ü     As qualidades dele (a);
ü     Os defeitos dele (a);
ü     As suas qualidades;
ü     Os seus defeitos;
ü     Os prós;
ü     Os contras;
ü     As contas do mês;
ü     Os lugares a conhecer;
ü     A sua gratidão;
ü     A sua saudade;
ü     Quem você é;
ü     De onde você veio;
ü     Os seus sonhos;
ü     A sua realidade.